16 abril 2010

QUE BELEZA DE DESIGN!

(publicado em 16.04.10)

Por Carolina Barreto

Mais uma vez estamos aqui. Que beleza não?!

Beleza então, vamos começar...

Vira e mexe usamos o termo "beleza" para classificar variadas coisas; objetos, pessoas, situações, etc. Diariamente, ouvimos falar em beleza, das propagandas de cosméticos à poesia. Mas, o que é beleza afinal?

Em termos práticos: ao anotar um telefone ou algum recado necessito de uma caneta para realizar tal fim; tendo em mãos uma caneta com design arrojado, ergonômica, confortável ao toque, minhas atenções se voltam para aquele objeto; começo admirá-lo, analisá-lo, esqueço-me até do recado a anotar. Sua principal função, que é ser um instrumento de escrita, perde a prioridade e a estética daquele produto ofusca meus olhos.

E é aí que eu quero chegar, a beleza "ofuscou os meus olhos", poderia nem ter chamado atenção de outra pessoa. Foram os meus gostos pessoais que foram encontrados ali naquele objeto, houve uma identificação. Ou seja, a beleza pode ser definida como um conjunto de qualidades ou aquilo que um objeto, uma obra de arte, um lugar, uma situação, etc. possua que chame a atenção, que seja um diferencial para cada pessoa em particular. "A beleza é uma maneira de nos relacionarmos com o mundo. Não tem a ver com formas, medidas, proporções, tonalidades e arranjos pretensamente ideais que definem algo como belo" Não existem padrões, tudo é uma questão de preferência.

Tá, bonito tudo isso, mas você deve estar pensando aonde que eu quero chegar.

Pois então. Como fica a beleza e o design? Como "casar" legal a funcionalidade de um objeto, interface, layout com a estética. Essa beleza é fundamental?

Bom, a estética de um produto é sim fundamental. Mas é claro que a sua funcionalidade tem que falar mais alto. Um produto tem que fazer o que se propõe a fazer, e fazer bem feito. E a beleza... Tem que ser um chamariz, uma atração, tem que fazer o objeto sobressair ante outros; tem que vender.

Acredito que atualmente, a estética tem se colocado no lugar da funcionalidade; têm - se preocupado mais com a combinação de cores que se colocam numa interface de um site, do que a praticidade que se encontra ao navegar por ele. Acredito que isso tem acontecido, talvez pelos padrões estéticos que nos impõem. Tentamos nos adequar a tudo isso e acabamos esquecendo que o pacote tem que estar "completo, bonito e usual".

Não sou contra ao belo, pelo contrário, amo o que é belo, gosto de me embelezar, de usar o que é belo. rs, Mas só acho que deve haver um equilíbrio. Tudo deve "colar" certinho. Eu, como futura designer pretendo difundir o belo, com funcionalidade, é claro.

Quero ouvir muitos:
Oh que linda essa cadeira! Design arrojado! E que confortável, deixa as minhas costas retas!
Linda a interface desse site! E facilita a navegação!

- Que beleza de design! E funciona mesmo!


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Carolina Barreto, é graduanda em Desenho Industrial, com ênfase em Programação Visual (Design Gráfico), pela UNEB.

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