(publicado em 09.09.10)
Portal GloboRadio e Planeta Voluntários iniciam parceria virtual
O Portal GloboRadio criou uma rádio exclusiva para o site planeta voluntários com músicas de artistas engajados ou com mensagens por um mundo melhor. Na lista estão U2, Gilberto Gil, Michael Jackson entre outros artistas. O objetivo é criar uma trilha sonora temática para quem navega no site entrar no clima das causas sociais. O banner do Portal também vai ter um destaque especial no planeta voluntários e vice-versa.
O Portal GloboRádio reúne as rádios tradicionais Beat98, CBN, BHfm e Rádio Globo, além de outras 40 emissoras temáticas e as online Multishow FM, Globo FM, Rádio GNT e Rádio Zona de Impacto. Assim, os internautas acessam notícias, especiais musicais, promoções e interagem com as emissoras pelas redes sociais.
O Planeta Voluntários é um site não governamental, apartidário e ecumênico, criada em maio de 2009 por iniciativa do empresário Marcio Demari, da empresa Demari & Ferreira, sediada em Londrina, Paraná, no Brasil, com a visão de desenvolver a cultura do trabalho voluntário organizado, que levará o serviço voluntariado a auxiliar milhões de brasileiros e entidades que necessitam de todo tipo de ajuda a missão é a de conectar pessoas, que, através da transformação pessoal e social, destinam-se a construir uma solução justa, pacífica e sustentável para o mundo, refletindo a unidade de toda a humanidade. O site conta com uma Rede Social que cruza as informações dos voluntários com as instituições cadastradas, sendo um elo entre elas.
PLANETA VOLUNTÁRIOS
Porque ajudar faz bem!
A maior Rede Social de Voluntários e ONGs do Brasil
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09 setembro 2010
15 abril 2010
O DESIGN NA II CONFERENCIA NACIONAL DE CULTURA - PARTE IV
(publicado em 15.04.10)
Parte - IV
Devemos transformar as proposições da II CNC em iniciativas permeáveis à participação de profissionais e estudantes de design ou desenho industrial, aprofundando o entendimento de seu significado num contexto em que a cultura, novas identidades sociais e a tônica no desenvolvimento social e sustentável ganham relevância política.
Por si só, a institucionalização do design no campo da cultura merece ênfase. Constitui um fato que estimula a reflexão e a participação organizada neste processo de consolidação e de execução de uma política pública, abrangente e integradora. Especialmente se consideramos que nossa área de atividades, até então, era esquecida ou neglicenciada por formuladores de políticas de governo.
No entanto, é necessário advertir que a inserção do design no campo da cultura não é um trajeto de mão única. Pressupõe a valorização da cultura pelos designers. Requer que ampliemos nossos horizontes, que tenhamos maior coesão na busca de enlaces com outros setores da sociedade civil e de intervenções que façam valer a relevância social da cultura e do design. Não podemos ser encarados e depreciados por conta do pragmatismo que se limita a examinar a cultura com os olhos pregados na chave do cofre.
A inserção do design no Plano Nacional de Cultura- PNC e no Sistema Nacional de Informação e de Indicadores Culturais- SNIIC, implicará numa série de providências que exigem a participação coletiva, entre elas, a constituição de Colegiado Setorial, integrado por 15 representantes de 5 macro regiões.
Um dos mecanismos de inserção no campo da cultura, da integração com outros setores de atividades e de provimento de demandas especificas é o Colegiado Setorial de Design. Esse colegiado previsto no Decreto nº 5.520, de 24 de agosto de 2005, tem como função precípua a definição de políticas, diretrizes e estratégias destinadas a suprir demandas do nosso setor de atividade no âmbito do MINC.
O colegiado setorial de design deve ter legitimidade e qualidade exigida para o exercício de suas funções e atribuições. Portanto, a escolha de seus membros deve ser democrática e criteriosa. Precedida pela divulgação de proposições, pela mobilização da categoria e pela discussão qualificada que dê força e vitalidade crítica aos nossos representantes.
A realização de seminários e encontros, em estados e regiões, pode culminar na realização de evento nacional de maior amplitude, capaz de fornecer maior representatividade e fortalecer o colegiado setorial de design.
Por outro lado, é necessário que alimentemos a relação com outros setores de atividade que enfrentam problemas análogos aos nossos, entre eles, a superação de indefinições, a busca de identidade profissional, a formulação de código de conduta, as frágeis condições de trabalho, a impermeabilidade do mercado, o impacto das novas tecnologias, o surgimento de novas especializações, entre outros aspectos críticos.
Sob nosso ponto de vista, a importância do design nesse novo cenário advirá de um dialogo construtivo com os responsáveis pela formulação e execução de políticas públicas, bem como com todos os demais segmentos interessados na sua consecução.
Esse debate pode convergir para a retomada da campanha pela regulamentação da profissão e para a exigência de avaliação sistemática dos cursos de design e desenho industrial, instaurando padrões de qualidade de ensino que melhorem a formação educacional.
A deflagração desse processo de discussão em ambientes de trabalho e em instituições de ensino favorece o esclarecimento, permitindo agregar novas forças à luta pela regulamentação da profissão e pela melhoria da qualidade dos cursos de design e de desenho industrial.
Todos estão aptos a contribuir com esse processo de discussão. Desde já, devemos divulgar, sensibilizar e mobilizar nossos colegas para que possamos imprimir maior vigor as nossas iniciativas conjuntas, desenhando um campo e um futuro mais auspicioso para formação de estudantes e para o exercício da nossa atividade profissional.
Wagner Braga Batista
Professor aposentado da Universidade Federal de Campina Grande
Parte I - clique aqui!
Parte II - clique aqui!
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Parte - IV
Devemos transformar as proposições da II CNC em iniciativas permeáveis à participação de profissionais e estudantes de design ou desenho industrial, aprofundando o entendimento de seu significado num contexto em que a cultura, novas identidades sociais e a tônica no desenvolvimento social e sustentável ganham relevância política.
Por si só, a institucionalização do design no campo da cultura merece ênfase. Constitui um fato que estimula a reflexão e a participação organizada neste processo de consolidação e de execução de uma política pública, abrangente e integradora. Especialmente se consideramos que nossa área de atividades, até então, era esquecida ou neglicenciada por formuladores de políticas de governo.
No entanto, é necessário advertir que a inserção do design no campo da cultura não é um trajeto de mão única. Pressupõe a valorização da cultura pelos designers. Requer que ampliemos nossos horizontes, que tenhamos maior coesão na busca de enlaces com outros setores da sociedade civil e de intervenções que façam valer a relevância social da cultura e do design. Não podemos ser encarados e depreciados por conta do pragmatismo que se limita a examinar a cultura com os olhos pregados na chave do cofre.
A inserção do design no Plano Nacional de Cultura- PNC e no Sistema Nacional de Informação e de Indicadores Culturais- SNIIC, implicará numa série de providências que exigem a participação coletiva, entre elas, a constituição de Colegiado Setorial, integrado por 15 representantes de 5 macro regiões.
Um dos mecanismos de inserção no campo da cultura, da integração com outros setores de atividades e de provimento de demandas especificas é o Colegiado Setorial de Design. Esse colegiado previsto no Decreto nº 5.520, de 24 de agosto de 2005, tem como função precípua a definição de políticas, diretrizes e estratégias destinadas a suprir demandas do nosso setor de atividade no âmbito do MINC.
O colegiado setorial de design deve ter legitimidade e qualidade exigida para o exercício de suas funções e atribuições. Portanto, a escolha de seus membros deve ser democrática e criteriosa. Precedida pela divulgação de proposições, pela mobilização da categoria e pela discussão qualificada que dê força e vitalidade crítica aos nossos representantes.
A realização de seminários e encontros, em estados e regiões, pode culminar na realização de evento nacional de maior amplitude, capaz de fornecer maior representatividade e fortalecer o colegiado setorial de design.
Por outro lado, é necessário que alimentemos a relação com outros setores de atividade que enfrentam problemas análogos aos nossos, entre eles, a superação de indefinições, a busca de identidade profissional, a formulação de código de conduta, as frágeis condições de trabalho, a impermeabilidade do mercado, o impacto das novas tecnologias, o surgimento de novas especializações, entre outros aspectos críticos.
Sob nosso ponto de vista, a importância do design nesse novo cenário advirá de um dialogo construtivo com os responsáveis pela formulação e execução de políticas públicas, bem como com todos os demais segmentos interessados na sua consecução.
Esse debate pode convergir para a retomada da campanha pela regulamentação da profissão e para a exigência de avaliação sistemática dos cursos de design e desenho industrial, instaurando padrões de qualidade de ensino que melhorem a formação educacional.
A deflagração desse processo de discussão em ambientes de trabalho e em instituições de ensino favorece o esclarecimento, permitindo agregar novas forças à luta pela regulamentação da profissão e pela melhoria da qualidade dos cursos de design e de desenho industrial.
Todos estão aptos a contribuir com esse processo de discussão. Desde já, devemos divulgar, sensibilizar e mobilizar nossos colegas para que possamos imprimir maior vigor as nossas iniciativas conjuntas, desenhando um campo e um futuro mais auspicioso para formação de estudantes e para o exercício da nossa atividade profissional.
Wagner Braga Batista
Professor aposentado da Universidade Federal de Campina Grande
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07 abril 2010
RUMO A UM AMPLO E DEMOCRÁTICO ENCONTRO NACIONAL DE PROFISSIONAIS E ESTUDANTES DE DESIGN
(publicado em 07.04.10)
O design ganhou assento no Conselho Nacional de Política Cultural.
O nosso colega Freddy van Camp foi escolhido para representar o setor de design neste conselho. É um colega que milita neste campo há muitos anos e jaz jus a essa nomeação.
A nomeação representa um passo dado no sentido da inserção do design no Plano Nacional de Cultura e no Sistema Nacional de Cultura. Iniciativa desencadeada a partir da I Preconferencia Setorial de Design. Infelizmente, ainda pouco se sabe sobre este evento e sobre a II Conferencia Nacional de Cultura. Portanto, vamos ser um pouco repetitivos, tendo em vista sua divulgação, bem como, estender o convite para que nossos colegas venham a participar ativamente da implementação de suas diretrizes.
A II Conferencia Nacional de Cultura, foi realizada entre os dias 11 e 14 de março do corrente, precedida pela I Preconferencia Setorial de Design. A importância desses eventos não teve correspondência com sua precária divulgação, que prejudicou a participação, as discussões e a representação do setor. Inicialmente porque não disponibilizou informações em tempo hábil. Informações que facultassem a participação de todos interessados. Posteriormente, pela dificuldade de socializar os resultados dos eventos.
Diante disto, setores expressivos de nossa área de atividades ainda continuam alheios às proposições aprovadas e à margem dessas discussões, que podem influir positivamente na inserção do design ou desenho industrial na agenda do Ministério da Cultura- MINC. É importante ressaltar que essas ações podem produzir resultados expressivos na ampliação e consolidação de nosso campo de atividades.
A partir do reconhecimento de que nossas iniciativas têm sido muito tímidas ou débeis, até o presente momento, devemos assumir o compromisso de divulgar, sensibilizar, envolver e mobilizar nossos colegas para a concretização desses propósitos.
É preciso levar essas informações a ambientes de trabalho e instituições de ensino, para que não se reproduza a deficiente divulgação, o eventual alijamento de colegas e o esvaziamento, observados na I Preconferencia Setorial Design.
Temos uma responsabilidade, que deve ser compartilhada, de modo a assegurar o direito de todos participarem dessas discussões.
O próximo passo é a realização de um encontro aberto à participação de todos os interessados. Contudo, antes de propormos unilateralmente um seminário ou encontro, patrocinado pelo Ministério da Cultura- MINC, é importante que convidemos as entidades de representação, as instituições de ensino e pesquisa, as agências de fomento, os diferentes segmentos profissionais, entre outros, para contribuírem com essa convocação.
É preciso que organizemos uma agenda factível, prevendo a divulgação de informações, a formulação de uma pauta de discussões, a abertura para que todos interessados façam proposições e se inscrevam, bem como um cronograma de atividades que seja exeqüível. Ou seja, uma agenda que viabilize a divulgação, a organização e o êxito deste fórum de discussão com a participação do maior número de interessados e prime pela melhoria da qualidade das nossas formulações coletivas.
Apesar dos significativos avanços que obtivemos, não podemos reproduzir erros observados na realização da I Preconferencia Setorial de Design.
Contribuição: Wagner Braga Batista
O design ganhou assento no Conselho Nacional de Política Cultural.
O nosso colega Freddy van Camp foi escolhido para representar o setor de design neste conselho. É um colega que milita neste campo há muitos anos e jaz jus a essa nomeação.
A nomeação representa um passo dado no sentido da inserção do design no Plano Nacional de Cultura e no Sistema Nacional de Cultura. Iniciativa desencadeada a partir da I Preconferencia Setorial de Design. Infelizmente, ainda pouco se sabe sobre este evento e sobre a II Conferencia Nacional de Cultura. Portanto, vamos ser um pouco repetitivos, tendo em vista sua divulgação, bem como, estender o convite para que nossos colegas venham a participar ativamente da implementação de suas diretrizes.
A II Conferencia Nacional de Cultura, foi realizada entre os dias 11 e 14 de março do corrente, precedida pela I Preconferencia Setorial de Design. A importância desses eventos não teve correspondência com sua precária divulgação, que prejudicou a participação, as discussões e a representação do setor. Inicialmente porque não disponibilizou informações em tempo hábil. Informações que facultassem a participação de todos interessados. Posteriormente, pela dificuldade de socializar os resultados dos eventos.
Diante disto, setores expressivos de nossa área de atividades ainda continuam alheios às proposições aprovadas e à margem dessas discussões, que podem influir positivamente na inserção do design ou desenho industrial na agenda do Ministério da Cultura- MINC. É importante ressaltar que essas ações podem produzir resultados expressivos na ampliação e consolidação de nosso campo de atividades.
A partir do reconhecimento de que nossas iniciativas têm sido muito tímidas ou débeis, até o presente momento, devemos assumir o compromisso de divulgar, sensibilizar, envolver e mobilizar nossos colegas para a concretização desses propósitos.
É preciso levar essas informações a ambientes de trabalho e instituições de ensino, para que não se reproduza a deficiente divulgação, o eventual alijamento de colegas e o esvaziamento, observados na I Preconferencia Setorial Design.
Temos uma responsabilidade, que deve ser compartilhada, de modo a assegurar o direito de todos participarem dessas discussões.
O próximo passo é a realização de um encontro aberto à participação de todos os interessados. Contudo, antes de propormos unilateralmente um seminário ou encontro, patrocinado pelo Ministério da Cultura- MINC, é importante que convidemos as entidades de representação, as instituições de ensino e pesquisa, as agências de fomento, os diferentes segmentos profissionais, entre outros, para contribuírem com essa convocação.
É preciso que organizemos uma agenda factível, prevendo a divulgação de informações, a formulação de uma pauta de discussões, a abertura para que todos interessados façam proposições e se inscrevam, bem como um cronograma de atividades que seja exeqüível. Ou seja, uma agenda que viabilize a divulgação, a organização e o êxito deste fórum de discussão com a participação do maior número de interessados e prime pela melhoria da qualidade das nossas formulações coletivas.
Apesar dos significativos avanços que obtivemos, não podemos reproduzir erros observados na realização da I Preconferencia Setorial de Design.
Contribuição: Wagner Braga Batista
06 abril 2010
O DESIGN NA II CONFERENCIA NACIONAL DE CULTURA - PARTE III
(publicado em 06.04.10)
Parte - III
As propostas oriundas dos setoriais culturais, inclusive o design, lograram o consenso pleno. Alcançado graças ao entendimento da plenária final de que as diretrizes setoriais deveriam ser propostas pelas respectivas áreas de intervenção cultural. Essa compreensão, amadurecida ao longo do evento, permitiu que todas as 95 propostas oriundas dos 19 setores de arte e cultura, fossem aprovadas em bloco, por unanimidade, inclusive as formuladas pela I Preconferencia Setorial de Design. Essa conduta refletiu elevado senso responsabilidade e de respeito mútuo na elaboração, apreciação e deliberação de propostas do setores culturais, marcante no relacionamento entre os vários segmentos participantes do evento.
Após intenso e profícuo debate, ao final da Conferencia, 32 prioridades culturais, dentre 347 propostas formuladas em plenárias estaduais, municipais e distrital, foram eleitas pelo voto de 811 presentes.
As propostas aprovadas na plenária final da CNC serão as matrizes constitutivas do PNC.
Entre as propostas prioritárias, há algumas de especial interesse para o fomento do design. Entre elas, destacamos uma mais genérica, que procura resgatar a indissociabilidade entre educação e cultura. Propõe a introdução de temáticas culturais em currículos, disciplinas e conteúdos programáticos, pressupondo a crescente articulação entre ministérios e órgãos públicos responsáveis pela execução de políticas educacionais e culturais. Convém observar que no Reino Unido, o desenvolvimento de projetos é exercitado desde o ensino básico.
Outra proposta interessante remete a um pleito que vem sendo desprezado pelo Poder Legislativo: a regulamentação da profissão de desenhista industrial ou designer. Defende a “regulamentação de todas as profissões da área cultural, criando condições para o reconhecimento de direitos trabalhistas, previdenciários no campo da arte, da gestão e da produção cultural, incluindo os profissionais de cultura em atividades sazonais”.
Salientamos que os avanços produzidos pelas deliberações da II CNC podem se traduzir em novas conquistas, cuja materialização exige que adotemos práticas mais consoantes com as diretrizes e os objetivos que, ora, estamos alcançando. Devemos intensificar os fluxos de informação de modo que a participação e a decisão sobre os rumos de nossas atividades sejam adotados coletivamente. Essas decisões não podem ficar restritas a entendimentos entre quatro paredes ou sob domínio de poucos.
A socialização de informações e o envolvimento de todos interessados no debate subseqüente devem ser os primeiros passos para a efetivação das propostas aprovadas na II CNC.
Wagner Braga Batista
Professor aposentado da Universidade Federal de Campina Grande
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Parte - III
As propostas oriundas dos setoriais culturais, inclusive o design, lograram o consenso pleno. Alcançado graças ao entendimento da plenária final de que as diretrizes setoriais deveriam ser propostas pelas respectivas áreas de intervenção cultural. Essa compreensão, amadurecida ao longo do evento, permitiu que todas as 95 propostas oriundas dos 19 setores de arte e cultura, fossem aprovadas em bloco, por unanimidade, inclusive as formuladas pela I Preconferencia Setorial de Design. Essa conduta refletiu elevado senso responsabilidade e de respeito mútuo na elaboração, apreciação e deliberação de propostas do setores culturais, marcante no relacionamento entre os vários segmentos participantes do evento.
Após intenso e profícuo debate, ao final da Conferencia, 32 prioridades culturais, dentre 347 propostas formuladas em plenárias estaduais, municipais e distrital, foram eleitas pelo voto de 811 presentes.
As propostas aprovadas na plenária final da CNC serão as matrizes constitutivas do PNC.
Entre as propostas prioritárias, há algumas de especial interesse para o fomento do design. Entre elas, destacamos uma mais genérica, que procura resgatar a indissociabilidade entre educação e cultura. Propõe a introdução de temáticas culturais em currículos, disciplinas e conteúdos programáticos, pressupondo a crescente articulação entre ministérios e órgãos públicos responsáveis pela execução de políticas educacionais e culturais. Convém observar que no Reino Unido, o desenvolvimento de projetos é exercitado desde o ensino básico.
Outra proposta interessante remete a um pleito que vem sendo desprezado pelo Poder Legislativo: a regulamentação da profissão de desenhista industrial ou designer. Defende a “regulamentação de todas as profissões da área cultural, criando condições para o reconhecimento de direitos trabalhistas, previdenciários no campo da arte, da gestão e da produção cultural, incluindo os profissionais de cultura em atividades sazonais”.
Salientamos que os avanços produzidos pelas deliberações da II CNC podem se traduzir em novas conquistas, cuja materialização exige que adotemos práticas mais consoantes com as diretrizes e os objetivos que, ora, estamos alcançando. Devemos intensificar os fluxos de informação de modo que a participação e a decisão sobre os rumos de nossas atividades sejam adotados coletivamente. Essas decisões não podem ficar restritas a entendimentos entre quatro paredes ou sob domínio de poucos.
A socialização de informações e o envolvimento de todos interessados no debate subseqüente devem ser os primeiros passos para a efetivação das propostas aprovadas na II CNC.
Wagner Braga Batista
Professor aposentado da Universidade Federal de Campina Grande
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26 março 2010
O DESIGN NA II CONFERENCIA NACIONAL DE CULTURA - PARTE II
(publicado em 26.03.10)
Parte II
As ações e proposições absorvidas pela II Conferência Nacional de Cultura reproduzir-se-ão no Plano Nacional de Cultura- PNC e no Sistema Nacional de Informação e de Indicadores Culturais- SNIIC. A nosso ver, essas iniciativas contribuem para valorização, o reconhecimento, a divulgação e o fomento do design.
É provável que no âmbito de políticas culturais abrangentes e integradoras, o design enfrente novos desafios para afirmar sua identidade, romper resistências existentes nesse campo, evidenciar suas potencialidades, bem como encontrar novos caminhos. Caminhando com outros setores culturais que se pautam por orientações confluentes, pela perspectiva da transversalidade em suas iniciativas, pelas ações cooperativas e pela observância da destinação social de seus projetos.
O design certamente estará sujeito a novas inflexões, uma delas apontando que o mercado é apenas uma das esferas da vida social. Que a cultura não se reduz as suas oscilações e tendências. Que o design não pode ser refém de sua volatilidade.
As potencialidades sociais, técnicas e criativas do design tornar-se-ão mais evidentes na medida em que sejamos capazes de fornecer consistência aos nossos projetos integrados a políticas públicas abrangentes e de grande alcance social. Essa integração pressupõe a interlocução qualificada e a manutenção de relações mais harmoniosas e coerentes com outros setores da arte e da cultura. Setores que enfrentam os mesmos desafios na afirmação de suas identidades, especificidades e virtualidades.
Nesse patamar, a interação cultural pode ter como conseqüência o reconhecimento definitivo do design, a valorização de suas potencialidades, viabilizando a realização de projetos que promovam e assegurem o respeito à diversidade cultural, à cidadania e aos pressupostos do desenvolvimento social sustentável.
A II Conferencia Nacional de Cultura também foi marcada pela profusão de linguagens e pela criatividade demonstrada na defesa das diversas proposições apresentadas. Face à diversidade de grupos que compunham a plenária, a explicitação de idéias exigiu vigoroso esforço de convencimento. Os coletivos proponentes organizaram-se para tornar mais convincentes suas intervenções, lançaram mão da de recursos visuais, da dança, da coreografia, da cenografia, dos mais variados artifícios técnicos e lingüísticos para serem identificados, valorizados e inseridos nas políticas culturais. Comunidades indígenas, ribeirinhos, quilombolas, vaqueiros, griôs, mestres da tradição oral, grupos étnicos e religiosos, entre tantos, seguramente se fizeram ver e ouvir. Por meio de performances bastante originais deram maior projeção as suas demandas. Evidenciaram dentro do cenário das discussões políticas as virtualidades críticas e criativas da cultura e das artes de diferentes regiões do país.
Wagner Braga Batista
Professor aposentado da Universidade Federal de Campina Grande
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Parte II
As ações e proposições absorvidas pela II Conferência Nacional de Cultura reproduzir-se-ão no Plano Nacional de Cultura- PNC e no Sistema Nacional de Informação e de Indicadores Culturais- SNIIC. A nosso ver, essas iniciativas contribuem para valorização, o reconhecimento, a divulgação e o fomento do design.
É provável que no âmbito de políticas culturais abrangentes e integradoras, o design enfrente novos desafios para afirmar sua identidade, romper resistências existentes nesse campo, evidenciar suas potencialidades, bem como encontrar novos caminhos. Caminhando com outros setores culturais que se pautam por orientações confluentes, pela perspectiva da transversalidade em suas iniciativas, pelas ações cooperativas e pela observância da destinação social de seus projetos.
O design certamente estará sujeito a novas inflexões, uma delas apontando que o mercado é apenas uma das esferas da vida social. Que a cultura não se reduz as suas oscilações e tendências. Que o design não pode ser refém de sua volatilidade.
As potencialidades sociais, técnicas e criativas do design tornar-se-ão mais evidentes na medida em que sejamos capazes de fornecer consistência aos nossos projetos integrados a políticas públicas abrangentes e de grande alcance social. Essa integração pressupõe a interlocução qualificada e a manutenção de relações mais harmoniosas e coerentes com outros setores da arte e da cultura. Setores que enfrentam os mesmos desafios na afirmação de suas identidades, especificidades e virtualidades.
Nesse patamar, a interação cultural pode ter como conseqüência o reconhecimento definitivo do design, a valorização de suas potencialidades, viabilizando a realização de projetos que promovam e assegurem o respeito à diversidade cultural, à cidadania e aos pressupostos do desenvolvimento social sustentável.
A II Conferencia Nacional de Cultura também foi marcada pela profusão de linguagens e pela criatividade demonstrada na defesa das diversas proposições apresentadas. Face à diversidade de grupos que compunham a plenária, a explicitação de idéias exigiu vigoroso esforço de convencimento. Os coletivos proponentes organizaram-se para tornar mais convincentes suas intervenções, lançaram mão da de recursos visuais, da dança, da coreografia, da cenografia, dos mais variados artifícios técnicos e lingüísticos para serem identificados, valorizados e inseridos nas políticas culturais. Comunidades indígenas, ribeirinhos, quilombolas, vaqueiros, griôs, mestres da tradição oral, grupos étnicos e religiosos, entre tantos, seguramente se fizeram ver e ouvir. Por meio de performances bastante originais deram maior projeção as suas demandas. Evidenciaram dentro do cenário das discussões políticas as virtualidades críticas e criativas da cultura e das artes de diferentes regiões do país.
Wagner Braga Batista
Professor aposentado da Universidade Federal de Campina Grande
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22 março 2010
O DESIGN NA II CONFERENCIA NACIONAL DE CULTURA - PARTE I
(publicado em 22.03.10)
No início de março o Saiba Blog postou sobre os representantes de design eleitos no Conselho Nacional de Cultura. E agora, o professor Wagner Braga Batista, eleito delegado regional do Nordeste, disponibilizou para o Saiba Blog, uma avaliação da inserção do design na II CNC. Iremos publicar em partes, segue a primeira:
O design na II Conferencia Nacional de Cultura - Parte I
Entre os dias 10 de 14 de março realizou-se a II Conferencia Nacional de Cultura- II CNC, em Brasília, com a presença de mais de 1925 participantes (1.325 delegados da sociedade civil, dos quais 743 eleitos em conferências estaduais; 190 em pré-conferências setoriais e 392 delegados do poder público). Contou, ainda, com a participação de 350 observadores e 250 convidados, entre eles 22 palestrantes.
A II CNC teve como objetivo formular, debater e definir diretrizes para a implantação do Plano Nacional de Cultura- PNC e criar condições favoráveis para prover o Sistema Nacional de Informação e de Indicadores Culturais- SNIIC, em escala municipal, estadual e federal.
A realização de Conferencias, destinadas à proposição de políticas públicas, tem obtido êxitos. Entre eles, a reversão de metodologia precedente, que confinava formulações políticas em gabinetes e restringia a decisão sobre prioridades culturais a experts e tecnocratas, muitos dos quais com pouca ou nenhuma inserção em campos de atividades, objetos de suas deliberações.
Transferir aos agentes culturais a responsabilidade pela elaboração e pela implementação de políticas sociais é uma orientação salutar. Esse princípio diretor tem se mostrado fecundo, uma vez que políticas públicas formuladas a partir de expectativas e demandas de seus protagonistas diretos revelam-se mais pertinentes, eficazes e tendem a gerar maior comprometimento na sua execução.
A II CNC foi organizada a partir de duas dinâmicas convergentes. Essas dinâmicas foram desencadeadas pela discussão de ações de setores especializados em seus respectivos foruns e pela participação de segmentos populares em plenárias municipais, estaduais e distrital. Esses debates deram origem a rico mosaico que expressava a pluralidade e as peculiaridades das áreas culturais envolvidas no debate.
A consolidação desse amplo espectro de proposições em diretrizes abrangentes e integradoras foi um trabalho árduo. Considerando os perfis, as experiências, os acúmulos e as múltiplas expectativas dos diferentes segmentos representados na conferencia, podemos afirmar que esse propósito foi alcançado. Senão em sua plenitude, ao menos parcialmente, contemplando expectativas de representações de estados, de setores culturais, de etnias e de diversos grupos sociais presentes na II CNC.
As reflexões e a formulação de diretrizes encaminhadas à II CNC estiveram centradas na observância de 5 eixos temáticos: Produção simbólica e diversidade cultural; Cultura, cidade e cidadania; Cultura e desenvolvimento sustentável; Cultura e Economia Criativa; e Gestão e institucionalidade da Cultura.
O evento foi precedido por um amplo processo de discussão, em 26 estados e no DF, bem como por plenárias de 19 setores de atividades artísticas e culturais, que atualmente integram o Ministério da Cultura- MINC. Entre eles, o Design, incorporado à agenda do Ministério da Cultura, desde outubro de 2009, juntamente com o setor de arquitetura e urbanismo, artesanato, moda e arte digital.
Ainda que organizada e realizada de modo incipiente, a I Preconferência Setorial de Design, realizada nos dias 25, 26 e 27 de fevereiro, no Rio de Janeiro, apresentou resultados positivos. Entre eles, podemos arrolar:
1- a elaboração de 5 diretrizes que viabilizem a inserção do design no PNC;
2- a indicação de 10 delegados e um observador para a II CNC;
3- a escolha de três nomes para a lista tríplice, para a nomeação de um componente do Colegiado Nacional de Cultura.
São as seguintes as diretrizes aprovadas:
Eixo I – Produção simbólica e diversidade cultural
Instituir o registro da memória do design no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e financiar a criação de centros de memória do design brasileiro, que privilegiem a pesquisa, o resgate, a preservação, a conservação e a documentação, difundindo a produção do design nacional de forma descentralizada e com gestão integrada.
Eixo II – Cultura, cidade e cidadania
Fazer valer os direitos do cidadão ao design universal, previstos no Decreto Presidencial número 5.296/2004 e contemplados na NBR 9050/ABNT, compreendendo o design como elemento estruturante dos processos de planejamento e projeto urbano, por meio de mapeamento dos potenciais campos de intervenção do design na cidade e da aplicação de critérios de design em editais de compras, prestação de serviços e obras públicas.
Eixo III – Cultura e desenvolvimento sustentável
Criar incentivos fiscais ou adaptar os incentivos existentes para: empresas patrocinadoras de pesquisas, eventos e projetos que contemplem a ação do design pelo desenvolvimento sustentável; empresas que adotem o design na adequação de seus produtos a critérios de sustentabilidade; ações de formalização da indústria criativa e ações de criação de pólos de produção de design em áreas degradadas ou regiões estratégicas para o desenvolvimento regional.
Eixo IV – Cultura e Economia Criativa
Inserir o tema design como item financiável no Fundo Nacional de Cultura (FNC), por meio do Fundo Setorial de Ações Transversais e de Equalização, da Renúncia Fiscal, além de outras fontes de fomento, contemplando projetos para as seguintes áreas e atividades: ensino fundamental e médio, museus, eventos de design, prêmios, concursos, promoção à memória, design público, design urbano, design social, design de informação, projetos de desenvolvimento sustentável, estudos, pesquisas, artigos e publicações, linhas editoriais e intercâmbio cultural nacional e internacional, entre outras.
Eixo V – Gestão e institucionalidade da Cultura
Garantir participação institucionalizada em todas as instâncias do Sistema Nacional de Cultura, assegurando: unidades específicas de Design nos órgãos gestores da Cultura; a presença dos representantes do design nos Conselhos de Política Cultural e Conferências de Cultura; ações de design nos planos de Cultura; recursos nos orçamentos e inserção do design no Sistema Nacional de Informações e Indicadores da Cultura (Sniic) e nos programas de informação nas três esferas dos governos federal, estadual e municipal.
Wagner Braga Batista
Professor aposentado da Universidade Federal de Campina Grande
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No início de março o Saiba Blog postou sobre os representantes de design eleitos no Conselho Nacional de Cultura. E agora, o professor Wagner Braga Batista, eleito delegado regional do Nordeste, disponibilizou para o Saiba Blog, uma avaliação da inserção do design na II CNC. Iremos publicar em partes, segue a primeira:
O design na II Conferencia Nacional de Cultura - Parte I
Entre os dias 10 de 14 de março realizou-se a II Conferencia Nacional de Cultura- II CNC, em Brasília, com a presença de mais de 1925 participantes (1.325 delegados da sociedade civil, dos quais 743 eleitos em conferências estaduais; 190 em pré-conferências setoriais e 392 delegados do poder público). Contou, ainda, com a participação de 350 observadores e 250 convidados, entre eles 22 palestrantes.
A II CNC teve como objetivo formular, debater e definir diretrizes para a implantação do Plano Nacional de Cultura- PNC e criar condições favoráveis para prover o Sistema Nacional de Informação e de Indicadores Culturais- SNIIC, em escala municipal, estadual e federal.
A realização de Conferencias, destinadas à proposição de políticas públicas, tem obtido êxitos. Entre eles, a reversão de metodologia precedente, que confinava formulações políticas em gabinetes e restringia a decisão sobre prioridades culturais a experts e tecnocratas, muitos dos quais com pouca ou nenhuma inserção em campos de atividades, objetos de suas deliberações.
Transferir aos agentes culturais a responsabilidade pela elaboração e pela implementação de políticas sociais é uma orientação salutar. Esse princípio diretor tem se mostrado fecundo, uma vez que políticas públicas formuladas a partir de expectativas e demandas de seus protagonistas diretos revelam-se mais pertinentes, eficazes e tendem a gerar maior comprometimento na sua execução.
A II CNC foi organizada a partir de duas dinâmicas convergentes. Essas dinâmicas foram desencadeadas pela discussão de ações de setores especializados em seus respectivos foruns e pela participação de segmentos populares em plenárias municipais, estaduais e distrital. Esses debates deram origem a rico mosaico que expressava a pluralidade e as peculiaridades das áreas culturais envolvidas no debate.
A consolidação desse amplo espectro de proposições em diretrizes abrangentes e integradoras foi um trabalho árduo. Considerando os perfis, as experiências, os acúmulos e as múltiplas expectativas dos diferentes segmentos representados na conferencia, podemos afirmar que esse propósito foi alcançado. Senão em sua plenitude, ao menos parcialmente, contemplando expectativas de representações de estados, de setores culturais, de etnias e de diversos grupos sociais presentes na II CNC.
As reflexões e a formulação de diretrizes encaminhadas à II CNC estiveram centradas na observância de 5 eixos temáticos: Produção simbólica e diversidade cultural; Cultura, cidade e cidadania; Cultura e desenvolvimento sustentável; Cultura e Economia Criativa; e Gestão e institucionalidade da Cultura.
O evento foi precedido por um amplo processo de discussão, em 26 estados e no DF, bem como por plenárias de 19 setores de atividades artísticas e culturais, que atualmente integram o Ministério da Cultura- MINC. Entre eles, o Design, incorporado à agenda do Ministério da Cultura, desde outubro de 2009, juntamente com o setor de arquitetura e urbanismo, artesanato, moda e arte digital.
Ainda que organizada e realizada de modo incipiente, a I Preconferência Setorial de Design, realizada nos dias 25, 26 e 27 de fevereiro, no Rio de Janeiro, apresentou resultados positivos. Entre eles, podemos arrolar:
1- a elaboração de 5 diretrizes que viabilizem a inserção do design no PNC;
2- a indicação de 10 delegados e um observador para a II CNC;
3- a escolha de três nomes para a lista tríplice, para a nomeação de um componente do Colegiado Nacional de Cultura.
São as seguintes as diretrizes aprovadas:
Eixo I – Produção simbólica e diversidade cultural
Instituir o registro da memória do design no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e financiar a criação de centros de memória do design brasileiro, que privilegiem a pesquisa, o resgate, a preservação, a conservação e a documentação, difundindo a produção do design nacional de forma descentralizada e com gestão integrada.
Eixo II – Cultura, cidade e cidadania
Fazer valer os direitos do cidadão ao design universal, previstos no Decreto Presidencial número 5.296/2004 e contemplados na NBR 9050/ABNT, compreendendo o design como elemento estruturante dos processos de planejamento e projeto urbano, por meio de mapeamento dos potenciais campos de intervenção do design na cidade e da aplicação de critérios de design em editais de compras, prestação de serviços e obras públicas.
Eixo III – Cultura e desenvolvimento sustentável
Criar incentivos fiscais ou adaptar os incentivos existentes para: empresas patrocinadoras de pesquisas, eventos e projetos que contemplem a ação do design pelo desenvolvimento sustentável; empresas que adotem o design na adequação de seus produtos a critérios de sustentabilidade; ações de formalização da indústria criativa e ações de criação de pólos de produção de design em áreas degradadas ou regiões estratégicas para o desenvolvimento regional.
Eixo IV – Cultura e Economia Criativa
Inserir o tema design como item financiável no Fundo Nacional de Cultura (FNC), por meio do Fundo Setorial de Ações Transversais e de Equalização, da Renúncia Fiscal, além de outras fontes de fomento, contemplando projetos para as seguintes áreas e atividades: ensino fundamental e médio, museus, eventos de design, prêmios, concursos, promoção à memória, design público, design urbano, design social, design de informação, projetos de desenvolvimento sustentável, estudos, pesquisas, artigos e publicações, linhas editoriais e intercâmbio cultural nacional e internacional, entre outras.
Eixo V – Gestão e institucionalidade da Cultura
Garantir participação institucionalizada em todas as instâncias do Sistema Nacional de Cultura, assegurando: unidades específicas de Design nos órgãos gestores da Cultura; a presença dos representantes do design nos Conselhos de Política Cultural e Conferências de Cultura; ações de design nos planos de Cultura; recursos nos orçamentos e inserção do design no Sistema Nacional de Informações e Indicadores da Cultura (Sniic) e nos programas de informação nas três esferas dos governos federal, estadual e municipal.
Wagner Braga Batista
Professor aposentado da Universidade Federal de Campina Grande
Parte II - clique aqui!
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Parte IV - clique aqui!
08 março 2010
ELEITOS OS REPRESENTANTES DO DESIGN NO CONSELHO NACIONAL DE CULTURA
(publicado 08.03.10)
Realizada entre os dias 25 e 27 de fevereiro, no Rio de Janeiro, a Pré-Conferência Setorial de Design, promovida pela Secretaria de Políticas Culturais do Minc (Ministério da Cultura) em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro estabeleceu diretrizes para o setor de acordo com o Plano Nacional de Cultura, e propôs políticas públicas para a área do design.
Entre os participantes esteve o professor da Esdi Freddy Van Camp que foi, juntamente com Bruno Lemgruber e Daniel Kraichete, um dos delegados pelo estado do Rio de Janeiro. Participaram ainda outros esdianos, como os designers Bitiz Afflalo, que conduziu os debates do eixo "Cultura, cidade e cidadania", Joaquim Redig e Wagner Braga Baptista.
Os grupos de trabalho aprovaram os delegados regionais que participarão da II Conferência Nacional de Cultura, que acontecerá em Brasília de 11 a 14 de março, e propuseram estratégias que deverão guiar as políticas culturais públicas para o setor.
O texto com os resultados da pré-conferência é o seguinte:
"Por convocação do Ministério da Cultura e com organização e apoio da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, realizou-se entre os dias 25 e 27 de fevereiro, no Planetário da Gávea, Rio de Janeiro, a Pré conferência Setorial de Design, com vista à inserção do setor na política de apoio daquele ministério. A pré conferência visava eleger delegados do setor de design e elaborar propostas a serem apresentadas por eles na II Conferência Nacional de Cultura, que se realizará de 11 a 14 de março de 2010 em Brasília, bem como escolher um representante do setor para assento no Conselho Nacional de Cultura.
Pela primeira vez, no que concerne à área da Cultura, reuniram-se designers das cinco regiões brasileiras para construir as políticas públicas a serem incluídas em uma pauta nacional para o setor. Os delegados na Pré Conferência Setorial de Design aprovaram, ao final, as cinco estratégias setoriais que devem ser apresentadas naquele evento. As estratégias fazem referência aos cinco eixos da Conferência Nacional de Cultura. São elas:
Eixo I: Produção simbólica e diversidade cultural
Instituir o registro da memória do design no Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e financiar a criação de centros de memória do design brasileiro, que privilegiem a pesquisa, o resgate, a preservação, a conservação e a documentação, difundindo a produção do design nacional de forma descentralizada e com gestão integrada.
Eixo II: Cultura, cidade e cidadania
Fazer valer os direitos do cidadão ao design universal, previstos no Decreto número 5.296/2004, da Presidência da República, e contemplados na Norma 9050 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), compreendendo o design como elemento estruturante dos processos de planejamento e projeto urbano, por meio de mapeamento dos potenciais campos de intervenção do design na cidade e da aplicação de critérios de design em editais de compras, prestação de serviços e obras públicas.
Eixo III: Cultura e desenvolvimento sustentável
Criar incentivos fiscais ou adaptar os incentivos existentes para: empresas patrocinadoras de pesquisas, eventos e projetos que contemplem a ação do design pelo desenvolvimento sustentável; empresas que adotem o design na adequação de seus produtos a critérios de sustentabilidade; ações de formalização da indústria criativa e ações de criação de pólos de produção de design em áreas degradadas ou regiões estratégicas para o desenvolvimento regional.
Eixo IV: Cultura e economia criativa
Inserir o tema design como item financiável no FNC (Fundo Nacional de Cultura), por meio do Fundo Setorial de Ações Transversais e de Equalização, da renúncia fiscal, além de outras fontes de fomento, contemplando projetos para as seguintes áreas e atividades: ensino fundamental e médio, museus, eventos de design, prêmios, concursos, promoção à memória, design público, design urbano, design social, design de informação, projetos de desenvolvimento sustentável, estudos, pesquisas, artigos e publicações, linhas editoriais e intercâmbio cultural nacional e internacional, entre outras.
Eixo V: Gestão e institucionalidade da cultura
Garantir participação institucionalizada em todas as instâncias do Sistema Nacional de Cultura, assegurando: unidades específicas de design nos órgãos gestores da cultura; a presença dos representantes do design nos Conselhos de Política Cultural e Conferências de Cultura; ações de design nos planos de cultura; recursos nos orçamentos e inserção do design no Sniic (Sistema Nacional de Informações e Indicadores da Cultura) e nos programas de informação nas três esferas dos governos federal, estadual e municipal.
Nove dos dez nomes escolhidos como delegados regionais do design à II Conferência Nacional de Cultura foram indicados por aclamação, sem passar por votação. As delegações de cada uma das cinco regiões, exceto a da região Sul, indicaram dois representantes da sociedade civil. Com apenas uma delegada presente, os três estados do sul terão uma representação menor. A plenária decidiu, então, que a décima vaga deveria ser disputada por votação entre os delegados de todos os estados. Houve quatro candidaturas e, ao final da escolha, a lista dos delegados ficou composta por:
Centro-Oeste
– José Merege (Distrito Federal)
– Rejane Luiza (Mato Grosso)
Nordeste
– Manoel Teles (Ceará)
– Wagner Braga Batista (Paraíba)
Norte
– Fernanda Martins Oliveira (Pará)
– Sâmia Batista (Pará)
Sudeste
– Enil Almeida Brescia (Minas Gerais)
– Patrícia Penna (São Paulo)
Sul
– Ana Brum (Paraná)
10ª vaga
– Bruno Lemgruber (Rio de Janeiro)
Para representantes do setor de design no Conselho Nacional de Cultura, vaga aprovada pelo MinC em outubro de 2009, foi escolhida, por eleição secreta, uma lista tríplice, composta, na ordem dos mais votados, por:
– Freddy Van Camp (Rio de Janeiro)
– José Merege (Distrito Federal)
– Ana Brum (Paraná)
Esta lista será submetida ao ministro da Cultura, que indicará o representante titular e o seu suplente.
Mais informações no blog do MinC.
Fonte: Go-to-idee
Realizada entre os dias 25 e 27 de fevereiro, no Rio de Janeiro, a Pré-Conferência Setorial de Design, promovida pela Secretaria de Políticas Culturais do Minc (Ministério da Cultura) em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro estabeleceu diretrizes para o setor de acordo com o Plano Nacional de Cultura, e propôs políticas públicas para a área do design.
Entre os participantes esteve o professor da Esdi Freddy Van Camp que foi, juntamente com Bruno Lemgruber e Daniel Kraichete, um dos delegados pelo estado do Rio de Janeiro. Participaram ainda outros esdianos, como os designers Bitiz Afflalo, que conduziu os debates do eixo "Cultura, cidade e cidadania", Joaquim Redig e Wagner Braga Baptista.
Os grupos de trabalho aprovaram os delegados regionais que participarão da II Conferência Nacional de Cultura, que acontecerá em Brasília de 11 a 14 de março, e propuseram estratégias que deverão guiar as políticas culturais públicas para o setor.
O texto com os resultados da pré-conferência é o seguinte:
"Por convocação do Ministério da Cultura e com organização e apoio da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, realizou-se entre os dias 25 e 27 de fevereiro, no Planetário da Gávea, Rio de Janeiro, a Pré conferência Setorial de Design, com vista à inserção do setor na política de apoio daquele ministério. A pré conferência visava eleger delegados do setor de design e elaborar propostas a serem apresentadas por eles na II Conferência Nacional de Cultura, que se realizará de 11 a 14 de março de 2010 em Brasília, bem como escolher um representante do setor para assento no Conselho Nacional de Cultura.
Pela primeira vez, no que concerne à área da Cultura, reuniram-se designers das cinco regiões brasileiras para construir as políticas públicas a serem incluídas em uma pauta nacional para o setor. Os delegados na Pré Conferência Setorial de Design aprovaram, ao final, as cinco estratégias setoriais que devem ser apresentadas naquele evento. As estratégias fazem referência aos cinco eixos da Conferência Nacional de Cultura. São elas:
Eixo I: Produção simbólica e diversidade cultural
Instituir o registro da memória do design no Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e financiar a criação de centros de memória do design brasileiro, que privilegiem a pesquisa, o resgate, a preservação, a conservação e a documentação, difundindo a produção do design nacional de forma descentralizada e com gestão integrada.
Eixo II: Cultura, cidade e cidadania
Fazer valer os direitos do cidadão ao design universal, previstos no Decreto número 5.296/2004, da Presidência da República, e contemplados na Norma 9050 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), compreendendo o design como elemento estruturante dos processos de planejamento e projeto urbano, por meio de mapeamento dos potenciais campos de intervenção do design na cidade e da aplicação de critérios de design em editais de compras, prestação de serviços e obras públicas.
Eixo III: Cultura e desenvolvimento sustentável
Criar incentivos fiscais ou adaptar os incentivos existentes para: empresas patrocinadoras de pesquisas, eventos e projetos que contemplem a ação do design pelo desenvolvimento sustentável; empresas que adotem o design na adequação de seus produtos a critérios de sustentabilidade; ações de formalização da indústria criativa e ações de criação de pólos de produção de design em áreas degradadas ou regiões estratégicas para o desenvolvimento regional.
Eixo IV: Cultura e economia criativa
Inserir o tema design como item financiável no FNC (Fundo Nacional de Cultura), por meio do Fundo Setorial de Ações Transversais e de Equalização, da renúncia fiscal, além de outras fontes de fomento, contemplando projetos para as seguintes áreas e atividades: ensino fundamental e médio, museus, eventos de design, prêmios, concursos, promoção à memória, design público, design urbano, design social, design de informação, projetos de desenvolvimento sustentável, estudos, pesquisas, artigos e publicações, linhas editoriais e intercâmbio cultural nacional e internacional, entre outras.
Eixo V: Gestão e institucionalidade da cultura
Garantir participação institucionalizada em todas as instâncias do Sistema Nacional de Cultura, assegurando: unidades específicas de design nos órgãos gestores da cultura; a presença dos representantes do design nos Conselhos de Política Cultural e Conferências de Cultura; ações de design nos planos de cultura; recursos nos orçamentos e inserção do design no Sniic (Sistema Nacional de Informações e Indicadores da Cultura) e nos programas de informação nas três esferas dos governos federal, estadual e municipal.
Nove dos dez nomes escolhidos como delegados regionais do design à II Conferência Nacional de Cultura foram indicados por aclamação, sem passar por votação. As delegações de cada uma das cinco regiões, exceto a da região Sul, indicaram dois representantes da sociedade civil. Com apenas uma delegada presente, os três estados do sul terão uma representação menor. A plenária decidiu, então, que a décima vaga deveria ser disputada por votação entre os delegados de todos os estados. Houve quatro candidaturas e, ao final da escolha, a lista dos delegados ficou composta por:
Centro-Oeste
– José Merege (Distrito Federal)
– Rejane Luiza (Mato Grosso)
Nordeste
– Manoel Teles (Ceará)
– Wagner Braga Batista (Paraíba)
Norte
– Fernanda Martins Oliveira (Pará)
– Sâmia Batista (Pará)
Sudeste
– Enil Almeida Brescia (Minas Gerais)
– Patrícia Penna (São Paulo)
Sul
– Ana Brum (Paraná)
10ª vaga
– Bruno Lemgruber (Rio de Janeiro)
Para representantes do setor de design no Conselho Nacional de Cultura, vaga aprovada pelo MinC em outubro de 2009, foi escolhida, por eleição secreta, uma lista tríplice, composta, na ordem dos mais votados, por:
– Freddy Van Camp (Rio de Janeiro)
– José Merege (Distrito Federal)
– Ana Brum (Paraná)
Esta lista será submetida ao ministro da Cultura, que indicará o representante titular e o seu suplente.
Mais informações no blog do MinC.
Fonte: Go-to-idee
08 dezembro 2009
BIBLIOCICLETA - DESIGN DE OBJETO PARA DISSEMINAÇÃO DA LEITURA E INTERVENÇÃO EM COMUNIDADES
(publicado em 08.12.09)
Confiram o vídeo do trabalho de conclusão do curso do formando em design Augusto Leal, da Escola de Belas Artes da UFBA.
O trabalho surgiu a partir de uma demanda do Água Comprida - Fórum Permanente de Cultura de Simões Filho-BA, instituição sem fins lucrativos que trabalha em prol da produção artística e cultural da cidade. O Fórum precisava dar um destino nobre para livros que foram arrecadados a partir de doações de amigos e pessoas interessadas na democratização da leitura por via de uma biblioteca comunitária. O projeto da biblioteca comunitária precisou ser adiado, e por isso surgiu a necessidade de criar uma biblioteca itinerante para dar destino aos livros que foram doados com tanta boa vontade, e para que eles começassem a circular nas mãos daqueles que são privados do benefício da leitura.
O projeto foi todo baseado na utilização de recursos humanos e materiais disponíveis. 90% da matéria prima utilizada veio das ruas, e a mão de obra foi toda voluntária. Também foi considerada, a leveza, resistência, e a possibilidade de replicação, para que possa ser produzido em qualquer comunidade que se interesse e por qualquer pessoa.
Blog: http://designguto.blogspot.com/
29 abril 2008
INTERNET BRASILEIRA GANHA SITE INÉDITO DE BUSCA POR PONTOS DE COLETA SELETIVA E RECICLAGEM
(publicado em 29.04.08)
A ferramenta online Rota da Reciclagem, criada pela Tetra Pak com suporte do Google Maps, aponta cooperativas, pontos de entrega voluntária e comércios ligados à cadeia de reciclagem em todo o Brasil.
Em uma iniciativa inédita para a Internet brasileira, a Tetra Pak disponibiliza o primeiro buscador específico de pontos de coleta seletiva e reciclagem de embalagens longa vida (caixas de leite, sucos, molhos de tomate e outros alimentos). O novo buscador, denominado Rota da Reciclagem, conta com a tecnologia do Google Maps para apontar a localização e o contato de cooperativas, pontos de entrega voluntária de materiais recicláveis e comércios ligados à cadeia de reciclagem de embalagens da Tetra Pak pós-consumo em todo o território nacional.
O buscador ‘Rota da Reciclagem’ foi criado a partir da necessidade de encontrar pontos de entrega de materiais recicláveis em diversas cidades do País, vasculhando detalhadamente as regiões ao redor do endereço pesquisado. O funcionamento é simples: basta digitar o endereço e o buscador encontra os locais mais próximos onde é possível entregar as embalagens da Tetra Pak para reciclagem. “A Tetra Pak possui grande conhecimento na área de coleta seletiva e reciclagem, funcionando como catalisadora neste processo, criando mercado para os recicláveis e tecnologias de reciclagem”, afirma Fernando von Zuben, diretor de Meio Ambiente da Tetra Pak.
“Mapeamos a cadeia de reciclagem no Brasil e a partir de agora, vamos dividir este conhecimento com todos os interessados no assunto. Essa é uma forma de disseminar o conceito da coleta seletiva e aumentar o volume de material pós-consumo reciclado”, completa Fernando.
Maiores informações: http://www.rotadareciclagem.com.br/
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