SEMIÓTICA

(publicado em 25.01.10)

Por Carolina Barreto

Começo meu primeiro post aqui no blog da Person Design falando de um assunto que tem me chamado bastante atenção. Semiótica; já ouvi esse termo várias vezes e sempre me perguntava o que ele realmente significava. Até que li um texto falando do tema numa aula de Teoria da Comunicação, achei interessante e continuei o estudo:

Semiótica do termo que vem (do grego semeiotiké ou “a arte dos sinais”), é a ciência geral dos signos e da semiose, que estuda todos os fenômenos culturais como se fossem sistemas sígnicos, isto é, sistemas de significação. Ocupa-se do estudo do processo de significação ou representação, na natureza e na cultura, do conceito ou da idéia. Em oposição à lingüística, que se restringe ao estudo dos signos lingüísticos, ou seja, do sistema sígnico da linguagem verbal, esta ciência tem por objeto qualquer sistema sígnico – artes visuais, fotografia, cinema, música, culinária, vestuário, gestos, religião, ciência, etc. Portanto a semiótica é o estudo dos signos.

Basicamente a semiótica revela as formas como o individuo dá significado a tudo que vê, a tudo que o cerca; de como o objeto será entendido pelo receptor, considerando seu contexto social e natural. É uma ciência que lida com conceitos, idéias.

“A semiótica propriamente dita teve seu início com filósofos como John Locke (1632-1704) que, no seu Essay on human understanding, de 1690, postulou uma ‘doutrina dos signos’ com o nome de Semeiotiké , ou com Johann Heinrich Lambert (1728-1777) que, em 1764, foi um dos primeiros filósofos a escrever um tratado específico intitulado Semiotik.” (p.18)
No séc XIX, "símbolos e imagem são as noções centrais da semiótica" (p.55). Vemos o emergir das teorias moderna de significado, sentido e referência da semântica lingüística e o início do questionamento científico da linguagem.
“O período moderno (século XX) é inaugurado por Edmund Husserl (1859-1938) com a sua teoria fenomenológica dos signos e significados. Não obstante, na história da semiótica moderna, Charles Sanders Peirce (1839-1914) é visto como uma das maiores figuras deste período, o fundador da teoria moderna dos signos.”

E os signos são “coisas representativas de outras coisas”.

Como fundador da teoria moderna dos signos, Peirce distingue três espécies de signos aos quais correspondem três diferentes modos de semiose. São signos: os símbolos, os ícones e os índices ou indícios.

Símbolos: não tem, necessariamente, qualquer semelhança objetiva com o aquilo que simbolizam, são convenções típicas, como por exemplo, a cruz simbolizando Cristo ou os dedos dispostos em V para simbolizar paz e amor.

Ícones: o ícone representa o que representa, pelo fato de ser como é. A imagem da lixeira, na área de trabalho do seu computador, representa a lixeira porque é de fato a figura de uma lixeira tal como nos é possível reconhecê-la.

Índices: São indicativos. Representam algo que não está presente e esta representação decorre de uma relação de causalidade. Ex: pegadas na lama.

Bem, há mais conteúdo interessante sobre a semiótica. Aqui só vai um breve resumo. Achei interessante compartilhar por ser um tema ligado a vários campos de estudo como a filosofia, comunicação e com certeza ao design.

Incentivo vocês a observarem toda a simbologia a sua volta; imagens, logomarcas; percebam como elas nos são transmitidas, o que elas nos passam e o porquê dessa determinada significação. É beeem interessante, garanto..rs

Continuem o estudo...

That’s All

Trechos em itálico:
Nöth, W. (1995). Panorama da Semiótica: de Platão a Peirce. São Paulo: Annablume.
Nöth, W.(1985/1995). Handbook of Semiotics. Bloomington e Indianapolis: Indiana University Press. Tradução de: Handbuch der Semiotik.

Outras fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Semiótica
http://ligiacabus.sites.uol.com.br/semiotica/signos.htm


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Carolina Barreto, 19 anos, é graduanda em Desenho Industrial, com ênfase em Programação Visual (Design Gráfico), pela UNEB.