(publicado em 05.03.10)
Um dia um casal foi morar numa grande e bela casa. Lá, começou a fincar suas raízes. Logo vieram os filhos, parentes e os encontros com vizinhos. Com tanto movimento e descuido, surgiram também falhas pela casa.
A torneira do banheiro começou a dar defeito, a poeira foi se alastrando, a porta de entrada começou a ranger e a janela, umedecida pelas chuvas, já não abria mais. Sem a luz do dia, com vazamento de água, acúmulo de poeira e sujeira, cresceu a possibilidade de os moradores dessa ex-bela casa serem contaminados com bactérias e doenças.
Foi, então, que a mãe de todos, responsável pela casa, convocou uma reunião geral e alertou que se medidas não fossem tomadas o quanto antes, as consequências seriam piores. E foram.
Sem manter a limpeza e a ordem da casa, a construção foi se fragilizando e a moradia nela tornou-se difícil. Até que todos compreenderam ser preciso reformá-la e preservá-la intacta, “saudável”, para que todos pudessem sobreviver em harmonia. A questão é: conseguiram salvá-la?
Com o planeta Terra acontece mais ou menos assim.
Nós, seres humanos, habitamos um planeta rico em natureza, vegetal e animal, mas muitas vezes esquecemos o risco que a nossa casa corre de desmoronar, quando não é bem cuidada.
O excesso de gases emitidos por veículos, indústrias, queimadas, pela criação de gado, arroz e a monocultura, contribuem para o aumento do efeito estufa. Tudo isso, além da poluição, do desmatamento, do desperdício de água e energia...
A Mãe Natureza tenta nos alertar: as consequências não serão brutas, já estão sendo.
Excesso de chuvas no sul. Secas cruéis no nordeste. Tempestades na França. Alagamentos em Veneza. Período de 44 dias de chuvas consecutivas em São Paulo. Terremoto no Haiti. Terremoto no Chile. Alerta de tsunami no Japão. Na Colômbia, vulcão voltando a entrar em erupção após anos adormecido. Iceberg gigante desprendendo-se da Antártida...
Dá medo. Dos desastres que podem vir por aí.
Dá raiva. Da irresponsabilidade e ignorância de nós, seres humanos.
Dá dúvida. E agora, o que fazemos com a nossa casa? Ainda há tempo de salvá-la?
Fonte: Joyce Lins - Nublog
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