Por Edileno Capistrano
Nos últimos meses ouvi, assisti, li e vivenciei o design de forma intensa, desde um bate-papo programado entre colunistas do nosso blog a uma eventual reportagem na TV e cheguei a algumas conclusões.
Ampliei o conceito que tinha sobre tipografia assistindo a transmissão online da palestra de Maria Helena Werneck no Dia Tipo Natal 2010, quando a mesma se referiu ao tema como a composição de uma página numa diagramação.
Já no primeiro dia do ano, fiquei contente em ver na TV, ainda com sono (consequência da noite de réveillon), uma entrevista com um designer gráfico, explicando (e muito bem explicado) o conceito de uma marca: a das Olimpíadas do Rio 2016.
Passados alguns dias, volta-se a falar sobre a marca dessa vez de maneira pejorativa. Mesmo com o excelente e diferenciado resultado, tendo ainda o registro de cada etapa cumprida do processo de branding disponível na internet (vide matéria de Edvando Júnior – Marca Rio 2016 Seletivamente processada), houve quem desconfiasse que a marca tivesse sido plagiada, por, talvez, lembrar a marca da ONG americana Telluride Foundation, mas houve também quem defendesse.
Uma das defesas me chamou a atenção. O designer Douglas Cavendish desenterrou um verdadeiro plágio ocorrido com a marca do carnaval de Salvador de 2004 e publicou em sua página na internet. Isso me fez reformular uma frase do designer Charles Eames, de que a maior parte do design pode até ser efêmero, mas as ações negativas ocorridas nessa área não são.
Repensei alguns hábitos, lendo O Designer Humilde, de Charles Bezerra (livro indicado durante, Encontro Saiba Blog, um bate-papo com os colunistas do blog), com reflexões sobre, por exemplo, aquela nossa mania de discutir sobre o uso da palavra logomarca. Segundo Charles, “a nossa capacidade de criar, de inovar, de resolver problemas de design é maior que uma palavra ou uma definição, que precisamos dar menos importância às questões verbais e nos concentrarmos nos problemas reais que estão esperando por melhores soluções de design.
Recentemente graduado, ainda me sinto como na sala de aula: aprendendo.
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Edileno Capistrano Filho, soteropolitano, é graduado em Desenho Industrial - PV pela UFBA. Atualmente trabalha como Designer Gráfico na FUNCEB. A tipografia brasileira tem atraído a sua atenção ultimamente. Tímido, mas inquieto é mais ouvinte que falante. Gosta de curtir uma boa música, e arrisca tocar instrumentos de corda como o cavaquinho e o violão. @capistranofilho
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